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O plano Aliado para envenenar as plantações japonesas

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Envenenar plantações japonesas com armas químicas durante a Segunda Guerra Mundial era uma tática justificável e “compensadora”, de acordo com documentos militares australianos recém-liberados.

Os documentos também indicam que as autoridades contemplaram testar as armas químicas destruidoras de plantações na cidade de Proserpine, Queensland.

O pensamento contrasta com a política australiana atual – em 1993 Canberra assinou um acordo global banindo o uso e desenvolvimento de armas químicas.

A guerra terminou em 1945 com os bombardeios atômicos americanosdo Japão. Posteriormente, foi revelado que os EUA haviam considerado obombardeio químico do campo japonês.

Documentos revelados pelos Arquivos Nacionais da Austráliareferem-se ao país ter recebido informações dos Aliados a respeito da destruição de plantações com armas químicas. Os documentos fazem referência a alvos em “jardins vegetais” nas ilhas japonesas e plantações de arroz.

Minutas de um encontro em setembro de 1948 do Sub-comitê Australiano de Guerra Química e Biológica, revelam que o Tenente-Coronel N. L. Carterdisse: “De um ponto de vista estratégico, a destruição das plantações pode não ser uma arma satisfatória, mas do ponto de vista tático pode ser compensadora”.

O comitê, ao contemplar o uso de armas químicas, também disse: “O problema deve ser similar àquele que foi considerado nos últimos estágios da guerra, quando pensou-se que um ataque aos jardins vegetais por todo o Japão seria justificável”.

Armas químicas acabaram não sendo usadas na Segunda Guerra Mundial. Porém, um ataque às plantações sufocaria ainda mais o Japão, que já sofria de sérias crises de fome entre a população.

O comitê australiano de 1948 recebeu um relatório de peritos ingleses, detalhando como os Estados Unidos – em julho de 1945 – havia construído estoques de armas químicassuficiente para destruir um décimo do arroz do Japão”.

Isso seria, logisticamente, “uma formidável operação a se concretizar”, segundo o relatório.

Fonte: War History Online, 25 de novembro de 2012.

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