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Nota de Falecimento: Alois Schnaubelt

Alois Schnaubelt
(16/01/1921 - 11/12/2012)

Faleceu no último dia 11 de dezembro em Gelsenkirchen, Alemanha, de causas naturais aos 91 anos de idade, o ganhador da Cruz do Cavaleiro SS-Oberscharführer Alois Schnaubelt.

Nascido em Wachtel, nos Sudetos da então Tchecoslováquia, Schnaubelt teve sua região de nascimento incorporada ao Terceiro Reich em outubro de 1938, e em 1940 alistou-se na recém-criada Waffen-SS. Após completar seu treinamento, foi integrado à 4ª Bateria do 2º Batalhão de Flak-SS em 3 de setembro de 1940, operando o canhão antitanque/antiaéreo Flak 88mm.

Como parte da 2ª Divisão Panzer-SS Das Reich, o 2º Batalhão de Flak participou da Operação Barbarossa desde o começo, avançando contra Smolensk junto ao Grupo de Exércitos Centro. Schnaubelt participou de seguidas e intensas batalhas contra o Exército Vermelho, ganhando valiosa experiência no uso do 88. Em 1942, Das Reich foi enviada para descanso na França, somente retornando ao front leste no começo de 1943. Em setembro daquele ano, Schnaubelt foi transferido para a 3ª Bateria do 5º Batalhão de Flak-SS, pertencente à 5ª Divisão Panzer-SS Wiking. Em 4 de janeiro de 1944, o experiente artilheiro recebeu o comando de seu próprio 88.

Em agosto de 1944 a Wiking foi enviada para Fortaleza de Modlin, no rio Vistula, perto de Varsóvia, na Polônia. Lá, lutando ao lado da Divisão Panzer Hermann Goering, a Wiking destruiu o 3º Corpo Blindado soviético, antes da ofensiva soviética parar por ordem de Stalin durante o Levante de Varsóvia. Após o levante polonês ser sufocado na capital, os soviéticos reiniciaram a ofensiva, e o 5º Batalhão de Flak ficou responsável por fechar a estrada próxima à vila de Karlino. Com somente 3 canhões 88mm, os alemães posicionaram-se durante a noite de 19 de outubro, aguardando a ofensiva a qualquer momento. Logo ao amanhecer do dia 20, uma imensa barragem de artilharia russa irrompeu sobre o vilarejo, destruindo grande parte das estruturas existentes e incendiando quase toda a localidade. Schnaubelt e seus colegas receberam a ordem de atirar somente a 300 metros de distância, pois seria a única chance de sucesso contra a ofensiva inimiga. Os russos lançaram o ataque de infantaria com apoio de 35 tanques T-34 e T-41 logo em seguida.

Segurando os nervos contra a onda de homens e máquinas que avançava, os artilheiros viram as marcas de 500 e 400 metros serem ultrapassadas pelos soviéticos, abrindo fogo quando estes chegaram aos 300. Com o primeiro T-34 incendiado, a confusão passou a reinar no campo de batalha. Os 88mm estavam bem camuflados, o que dificultou aos tanquistas soviéticos contra-atacar. Schnaubelt, demonstrando calma extrema, aguardou até que o primeiro tanque inimigo estivesse a meros 80 metros de sua posição para abrir fogo. Com a explosão resultante, a infantaria soviética perdeu o ímpeto, e nos intensos 25 minutos seguintes, Schnaubelt destruiu com precisão 9 tanques inimigos. Ao ver os soviéticos recuarem, Schnaubelt olhou por seu binóculo e disse: "Acho que os pegamos todos!".

Por suas ações na manutenção da linha de frente, repelindo um ataque blindado soviético a queima-roupa, Alois Schnaubelt foi condecorado com a Cruz do Cavaleiro da Cruz de Ferro em 16 de novembro de 1944.

Prosseguindo nos combates, a Wiking foi transferida para Budapeste, na Hungria, onde combateu recuando para a Tchecoslováquia. Em abril de 1945, Schnaubelt assumiu o comando da 3ª Bateria quando o comandante anterior foi morto em ação. Ele rendeu-se aos americanos em maio, sendo libertado do cativeiro em 19 de fevereiro de 1948.

Meus agradecimentos ao amigo Richard Schmidt pela dica.

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Alois Schnaubelt.


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